Três amigos da universidade de Paris, três apóstolos, três santos: Inácio, Xavier e Fabro...
Pedro Fabro, primeiro e muito querido companheiro de Inácio de Loiola, viveu apenas quarenta anos. A primeira metade da vida a decorreu na sua terra, a Sabóia dos Alpes, no seio de uma família rural pobre e muito cristã. Ajudado por um tio sacerdote, pode estudar em Paris, na Universidade da Sorbonne. Na pensão onde vivia terá como bom companheiro de quarto a Francisco Xavier, então com 19 anos, e futuro jesuíta, missionário e santo.
Fabro, lembrando aquele seu passado na Universidade, diz: tínhamos o mesmo quarto, a mesma mesa e a mesma bolsa de dinheiro. Inácio acabou por ser meu mestre em matéria espiritual.
Ordenado sacerdote, Fabro fez os Exercícios Espirituais sob a orientação de Inácio de Loyola. Como padre, foi ele quem celebrou a missa em Montmartre/Paris, 15/AGO/1534, quando Inácio de Loyola, Francisco Xavier, Afonso Salmerón, Diego Laynez, Nicolau de Bobadilla (espanhóis), Simão Rodrigues (português) e Fabro fizeram votos de pobreza e castidade, colocando assim os alicerces da futura Companhia de Jesus.
Os últimos dez anos de Fabro foram de intenso serviço apostólico, percorrendo a cavalo ou a pé: Itália, Alemanha, Espanha, Bélgica, Portugal... Por onde ele passava, pregava, confessava, orientava espiritualmente e dava os Exercícios Espirituais... atento sempre às moções do Espírito de Deus.
Fabro foi certamente o grande missionário da Europa, assim como Xavier o foi na Índia e Anchieta no Brasil.
Fabro era um homem encantador e mestre na espiritualidade inaciana.
Fabro se perguntava: Se Cristo se entrega a mim todos os dias na Eucaristia, não deverei eu me entregar a Cristo e a todas as pessoas, boas e más, conversando, trabalhando, abrindo-me todo a todos?...
Este homem, discípulo de Inácio, foi uma pessoa profundamente comprometida e contemplativa. Seu companheiro Simão Rodrigues, assim o definia: Tinha uma doçura alegre e uma cordialidade que nunca encontrei em ninguém. Entrava, não sei como, na intimidade dos outros, atuava pouco a pouco sobre os corações e tão bem que, pelo seu modo de proceder e encanto da sua palavra, os levava ao amor de Deus...
Segundo o próprio Santo Inácio, Fabro era quem dava melhor os Exercícios Espirituais...
Pedro Fabro foi eleito delegado para o famoso Concilio de Trento (1546-1563), mas morreu em Roma quando estava já a caminho... O Papa Pio IX o declarou bem-aventurado, em 1872 e o Papa Francisco o canonizou em 2014.
São Pedro Fabro, primeiro companheiro de Santo Inácio, rogai a Deus por todos os missionários!