O olho do Espírito...

Fiquei emocionado com o que via...

Ken Wilber (*1949), psicólogo e filósofo americano, fala dos três olhos do conhecimento: o da carne (pré-pessoal), o da mente (pessoal) e o do espírito (transpessoal). O primeiro olhar é puramente físico, pois só conhece a realidade externa; o segundo é racional e mental; o terceiro vai além dos sentidos e da razão, permitindo o acesso às realidades mais profundas, transcendentes, místicas e holísticas. A fé cristã convida a “ver e ouvir” o Ressuscitado em tudo e todos, e nos convida a entender o que Ele quer nos dizer, para ter um agir mais solidário e criativo. A contemplação inaciana dos Exercícios Espirituais sempre se dá nesse terceiro nível.

Todos nós temos estes três olhares, mas ao longo da vida acabamos optando por um deles.Cada olhar enxerga o seu próprio mundo, mas não o que está por cima. O olhar contemplativo ou místico inclui os outros dois (o carnal e o racional), porém não é compreendido por eles. O homem carnal não acolhe o que vem do Espírito de Deus. Para ele é tolice, sendo incapaz de compreendê-lo... O homem espiritual tudo julga, sem poder ser julgado por ninguém (1 Cor 2, 14-15). É isso aí!

Os dois primeiros olhares (o natural e o racional) enxergam parte, mas não o todo. Para enxergar com o terceiro olho, o olho do Espírito, para ter esse ouvido afinado e esse falar positivo, se requer a contemplação. O cristão do futuro será um místico ou não será cristão (K. Rahner).

Os Exercícios Espirituais inacianos, com seus diversos modos de orar e as contemplações das 3ª e 4ª semanas, nos colocam nesse patamar mais profundo e místico, no qual a realidade adquire maior significado e sentido. O diverso torna-se Uno e o Uno transparece na interminável diversidade.

Neste mundo globalizado e hipermoderno o subjetivismo, esse modo relativo de medir tudo a partir de si, predomina. Muitos vivem no seu mundinho e fazem daquilo que conhecem e dominam como se fosse o todo. Os problemas do mundo não existem para eles, mas apenas seus pequenos e próprios problemas que lhes parecem até universais! Entre esse subjetivismo anarquista e o legalismo desumano encontramos este modo de proceder, próprio daqueles e daquelas que experimentaram o caminho de ver as coisas de um modo contemplativo.

Eis algumas experiências aprendidas neste caminho:
O Espírito de Deus aposta sempre na vida; o espírito do mal, na morte.
A consolação, dom de Deus, não depende de nós, mas a podemos desejar e pedir.
Jesus chama para nos associarmos a Ele, para trabalhar a favor da vida e do amor, numa cultura de morte e egoísmo.
Deixar-se conduzir pelo Espírito de Deus é tomar decisões positivas.
Este modo de proceder contemplativo cria profunda comunhão espiritual e material.

Neste mundo globalizado e hipermoderno o subjetivismo, esse modo relativo de medir tudo a partir de si, predomina. Muitos vivem no seu mundinho e fazem daquilo que conhecem e dominam como se fosse o todo. Os problemas do mundo não existem para eles, mas apenas seus pequenos e próprios problemas. Entre esse subjetivismo anarquista e o legalismo desumano encontramos este modo de "ver", próprio dos discípulos do Senhor ressuscitado.

Eis algumas experiências aprendidas neste caminho:
O Espírito de Deus aposta sempre na vida; o espírito do mal, na morte.
A consolação, dom de Deus, não depende de nós, mas a podemos desejar e pedir.
Jesus chama para nos associarmos a Ele, para trabalhar a favor da vida e do amor, numa cultura de morte e egoísmo.
Deixar-se conduzir pelo Espírito de Deus é tomar decisões positivas.
Este modo de proceder contemplativo cria profunda comunhão espiritual e material.
Somos convidados a seguir e servir com entusiasmo o Senhor na Igreja. A fé busca o bem comum e transforma positivamente a sociedade.
A contemplação, além de ser mística é comprometida. O amor abre sempre nossos horizontes...

Uma pergunta: Você vê, ouve e fala mais com o primeiro, o segundo ou o terceiro modo de conhecimento?
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